Cagaita
- Dom Tobias
- 1 de abr. de 2020
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Árvore de porte médio que pode atingir de 3 a 4 m de altura. Nome popular: cagaiteira, nome científico: Eugenia dysenterica DC, da família botânica: Myrtaceae, nativa do Brasil (Cerrado).
Parente da pitanga e do araçá, a cagaita é uma frutinha arredondada de cor amarela suave. De fina casca, tem um sabor ácido e é bastante suculenta, apresentando cerca de 90% de suco em seu interior.
Apesar de seu sabor agradável e de sua natureza refrescante, o povo da região do Cerrado sabe que, por um capricho da natureza, a cagaita é uma fruta que deve ser saboreada com moderação. Quem não quiser acreditar, ficará sabendo que os nomes popular (cagaita) e científico (dysenterica) da fruta têm sua razão de ser.
O fato é que, se a fruta consumida in natura provoca reações intestinais desagradáveis, já a sua polpa, utilizada como ingrediente de sucos, refrescos, sorvetes, doces, geleias e licores, conserva apenas as suas características agradáveis de sabor e perfume. Por outro lado, a infusão da folha e da casca da árvore tem efeito contrário, sendo muito utilizada pela medicina popular como anti- diarréico.
A casca, além de servir à indústria de curtume, é utilizada na medicina popular como antidiarréica. O tronco apresenta considerável quantidade de casca com uma espessura de 1,0 a 2,0 cm, sendo empregada também na indústria de cortiça.
Estudos da composição nutricional de diversas frutas nativas do Cerrado verificaram que a cagaita possui um elevado teor de água (95,01%), sendo uma das frutas que apresentam maior porcentagem de ácidos graxos poliinsaturados (linoléico e linolênico), ficando atrás apenas da amêndoa do baru e da polpa da mangaba. Possui maior teor de ácido linoléico (10,5%) que o azeite de oliva e de dendê. Quanto ao teor de ácido linolênico (11,86%), supera o do óleo de milho, girassol, amendoim, soja, oliva e dendê.
Os ácidos graxos possuem importante papel no organismo humano, sendo o linoléico e o linolênico essenciais. São precursores de substâncias de papel importante na estrutura de membranas celulares, como componentes de estruturas cerebrais, da retina e do sistema reprodutor.
Os teores de vitamina C da cagaita (18,28 mg/100 g) são superiores aos encontrados em muitas frutas convencionalmente cultivadas, como a banana madura e a maçã Argentina, de 6,4 e 5,9 mg/100 g, respectivamente.
Fonte: portalsaofrancisco.com.br/alimentos/cagaita


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